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domingo, 9 de outubro de 2011

O silêncio reinou em meu quarto, mas em minha mente parecia que multidões conversavam sem parar, ao mesmo tempo, como se tentassem oprimir os pensamentos que necessitavam de minha absoluta atenção.

- Porque tudo aquilo? Qual era a indigência de tantas falas conjugais que pareciam me maltratar? – e era apenas esse pensamento que eu conseguia escutar, aquele ao qual me relatava a duvida, a tentativa de compreensão diante de tantos gritos aterrorizantes.

O escuro tomava conta do meu quarto e nada em minha frente era visível, o que me intimidava ainda mais, nada me fazia levantar para acender a luz e voltar ao normal, parecia que tudo aquilo me consumia de uma forma incrível a ponto de me prender naquela cama juntamente com aquela situação. E em meio a tudo isso, luzes em minha mente começaram a piscar e tudo começou a ofuscar, os gritos começaram a virar sussurros e imagens se formaram repentinamente para que em seguida se tornassem apenas borrões ofuscados vendo apenas uma pessoa, aquela ao qual eu tanto almejava e pela qual eu tanto fui menosprezada e então eu percebi, que eu estava morrendo aos poucos e que pra isso só havia uma explicação, o amor estava me consumindo e a não correspondência do mesmo estava me matando lentamente, dolorosamente, monstruosamente e então eu apaguei desejando ser apenas um sonho.

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